sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SUGERIMOS A TODOS OS INTERESSADOS A PESQUISA NO SITE  
do Prof. Dr. JOSÉ SALOMÃO SCHWARTZMAN, ONDE EM DIVERSOS TEMAS,  ABORDA O DE CRIANÇAS COM DISTÚRBIOS ESCOLARES, O QUAL TRANSCREVEMOS UMA PARTE...


A CRIANÇA COM DISTÚRBIOS ESCOLARES: ASPECTOS NEUROLÓGICOS

            Inicialmente gostaria de agradecer o convite para participar deste evento. Vou discutir aspectos das dificuldades do aprendizado escolar e, de forma mais particular, às condições neurológicas que podem estar presentes em crianças que chegam ao consultório do médico com essa queixa.
            Vale à pena iniciar esta apresentação discutindo alguns dados que podem nos mostrar qual a extensão e, por consequência a importância do assunto a ser abordado e temos, desde logo levar ,em conta que uma dificuldade que se nos coloca, de início, é que não há critérios consensuais empregados pelos vários autores que tem definido as crianças portadoras de dificuldades escolares. Esta é uma das razões principais pela qual encontraremos dados estatísticos muito discrepantes na literaptura pertinente.
            Os dados de que dispomos podem dar, inclusive, uma idéia errônea de que estamos, em nosso país evoluindo para uma situação muito boa no que se refere à escolaridade de nossas crianças. Assim é que, por dados oficiais, tinhamos em 1950 cerca de metade da população alfabetizada enquanto que em 1990 esta cifra chegaria a quase 90%. No estado de Sào Paulo, indivíduos considerados analfabetos, em 1950, constituiam 35,5% da população contra 10,3% em 1988. Claro está que quando se diz que estes índices referem-se a indivíviduos alfabetizados não estamos, necessáriamente, frente a indivíduos que estejam completamenmte alfabetizados no sentido de serem capazes do uso pleno da comunicação verbal e escrita e possívelmente, boa parte destes indivíduos apresenta um conhecimento mínimo da escrita e leitura. Este problema tem sido detectado também em outros países sendo que há pouco foram publicados trabalhos mostrando que nos Estados Unidos da América do Norte, aproximadamente 50% da população adulta alfabetizada não consegue interpretar textos com conteúdo bastante simples. Portanto, quando frente a estatísticas referentes à alfabetização em nosso pais ,parece que temos que considerar que possívelmente mais pessoas tiveram acesso à alfabetização mas nem todas estão plenamente capacitadas. No Estado de São Paulo, ainda de acordo com dados oficiais, as matrículas no primeiro grau aumentaram de 1980 para 1987, da mesma forma que o número de crianças que frequentaram as pré-escolas da rede pública, Ã primeira vista estes dados dão a impressão de fizemos grandes progressos nas últimas décadas em termos de educação quando sabemos que o que tem acontecido é exatamente o contrário uma vez que, de modo geral, a qualidade da educação e saúde em nosso pais deteriorou-se de forma muito evidente nos últimos anos.

www.schwartzman.com.br

Deficiência Intelectual · Síndrome de Down · Plasticidade Cerebral · Neurologia, Psiquiatria e Neuropsicologia · O aluno que não aprende · O cérebro humano.



Att: SBP-SP

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