SUGERIMOS A TODOS OS INTERESSADOS A PESQUISA
NO SITE
do Prof. Dr. JOSÉ SALOMÃO SCHWARTZMAN, ONDE EM
DIVERSOS TEMAS, ABORDA O DE CRIANÇAS COM DISTÚRBIOS ESCOLARES, O
QUAL TRANSCREVEMOS UMA PARTE...
A CRIANÇA COM DISTÚRBIOS ESCOLARES: ASPECTOS
NEUROLÓGICOS
Inicialmente gostaria de agradecer o
convite para participar deste evento. Vou discutir aspectos das dificuldades do
aprendizado escolar e, de forma mais particular, às condições neurológicas que
podem estar presentes em crianças que chegam ao consultório do médico com essa
queixa.
Vale à pena iniciar esta
apresentação discutindo alguns dados que podem nos mostrar qual a extensão e,
por consequência a importância do assunto a ser abordado e temos, desde logo
levar ,em conta que uma dificuldade que se nos coloca, de início, é que não há
critérios consensuais empregados pelos vários autores que tem definido as
crianças portadoras de dificuldades escolares. Esta é uma das razões principais
pela qual encontraremos dados estatísticos muito discrepantes na literaptura
pertinente.
Os dados de que dispomos podem dar,
inclusive, uma idéia errônea de que estamos, em nosso país evoluindo para uma
situação muito boa no que se refere à escolaridade de nossas crianças. Assim é
que, por dados oficiais, tinhamos em 1950 cerca de metade da população
alfabetizada enquanto que em 1990 esta cifra chegaria a quase 90%. No estado de
Sào Paulo, indivíduos considerados analfabetos, em 1950, constituiam 35,5% da
população contra 10,3% em 1988. Claro está que quando se diz que estes índices
referem-se a indivíviduos alfabetizados não estamos, necessáriamente, frente a
indivíduos que estejam completamenmte alfabetizados no sentido de serem capazes
do uso pleno da comunicação verbal e escrita e possívelmente, boa parte destes
indivíduos apresenta um conhecimento mínimo da escrita e leitura. Este problema
tem sido detectado também em outros países sendo que há pouco foram publicados
trabalhos mostrando que nos Estados Unidos da América do Norte, aproximadamente
50% da população adulta alfabetizada não consegue interpretar textos com
conteúdo bastante simples. Portanto, quando frente a estatísticas referentes à
alfabetização em nosso pais ,parece que temos que considerar que possívelmente
mais pessoas tiveram acesso à alfabetização mas nem todas estão plenamente
capacitadas. No Estado de São Paulo, ainda de acordo com dados oficiais, as
matrículas no primeiro grau aumentaram de 1980 para 1987, da mesma forma que o
número de crianças que frequentaram as pré-escolas da rede pública, Ã primeira
vista estes dados dão a impressão de fizemos grandes progressos nas últimas
décadas em termos de educação quando sabemos que o que tem acontecido é
exatamente o contrário uma vez que, de modo geral, a qualidade da educação e
saúde em nosso pais deteriorou-se de forma muito evidente nos últimos anos.
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